A proposta de Reforma da Previdência (PEC 287/2016) está prestes a ser aprovada no Congresso Nacional. Porém, muitos brasileiros ainda não se deram conta da gravidade que a proposta traz para os trabalhadores.
Para conscientizar a sociedade maranhense sobre os perigos contido na reforma, o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual do Maranhão – SINDAFTEMA colocou nas ruas da capital uma campanha de alerta contra a PEC 287.
Espalhada em dez outdoors localizados nos pontos de maior movimentação de São Luís, a ação expõe claramente o real objetivo do governo federal: acabar com o direito do trabalhador de se aposentar no Brasil.
Apresentada ao Congresso sem nenhuma consulta à sociedade, a Reforma da Previdência estabelece a idade mínima de 65 anos de idade e a contribuição por um período de 49 anos ininterruptos para que o trabalhador, seja homem ou mulher, possa se aposentar recebendo o valor integral. No Brasil, isso é uma façanha, levando-se em consideração que a expectativa de vida do brasileiro não é das mais altas e que a integralidade no valor do benefício não considera os lapsos de tempo que certamente ocorrerão entre um emprego e outro.
Ao promover o pacote de maldades, o governo Temer quer colocar a culpa da atual crise econômica na Previdência Social, alegando que se não reformar, o sistema quebra. Então vende a ideia de que a Reforma é boa. Mas não é isso que a PEC 287 está fazendo. Ela está transformando a aposentadoria integral em uma utopia.
A campanha do Sindaftema contra a Reforma da Previdência ilustra exatamente isso. Ela traz ainda o slogan “Não é Reforma. É o fim da Previdência.”, da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital – Fenafisco, entidade na qual o sindicato é filiado e que tem feito várias ações para barrar a aprovação da proposta em Brasília e conscientizar a sociedade sobre os abusos contidos na PEC 287.
Devido à forte pressão, o governo recuou anunciando na última terça-feira (21/03), que decidiu retirar os servidores públicos estaduais e municipais da proposta de Reforma da Previdência, afirmando que dará autonomia para cada ente federado, com exceção do Distrito Federal, definir como será o regime local.
De acordo com o presidente do Sindaftema, Raymundo Emídio dos Santos, o que o governo quer é dividir os trabalhadores e tirar da luta aqueles que estão mais organizados. Segundo ele, é preciso que a classe trabalhadora permaneça unida e vá à luta para garantir o direito de todos. “A verdade é que as pessoas ainda não entenderam o que está por trás dessa proposta. Se a sociedade não se mobilizar, ela não irá se aposentar, pois vai morrer trabalhando ou trabalhará até morrer! É inadmissível apoiar essa Reforma! Não vamos nos calar! A luta é de todos!”
Ascom / Sindaftema.